2006 -2007

aprendi sobre a função vital da respiração e sangue – juntos carregam a força vital para nutrir todos os outros tecidos. Aprendi que há situações extremas na vida, nas quais o olhar horizontal e humanizado para o outro vale mais do que qualquer técnica.

2007

Aprendi que precisamos cuidar de pessoas focando em seus potenciais. Fortalecer o que elas ainda podem fazer, ao invés de apenas remediar dor e sequelas. Me ajudou a entender o raciocínio de que cuidar não é fazer pelo outro, e sim lembra-lo de que ele é capaz de fazer.

2008

Percebi o quanto há sincronia entre todas as partes do corpo e como não podemos focar o olhar numa parte, sob o risco de não perceber as consequências no conjunto do organismo.

2011-2013

Conheci a Política de Práticas Integrativas em Saúde, aprofundei o conceito de Racionalidade Científica que me ajudou a perceber o quanto de racionalidade e ciência existe nos saberes populares e nas práticas de cuidado ancestrais e que valorizam a espiritualidade. Entendi que a ciência ocidental que a maioria das pessoas conhece e considera a única válida é uma imposição cultural.
Existem outros modos tão importantes quanto de conhecer em saúde e que podem dar visibilidade aos saberes populares.
Foi nesta época que eu decidi parar de usar jaleco branco.
Ele passou a simbolizar para mim um patamar de saber que me colocava num grau de superioridade em relação às pessoas que buscavam meu cuidado.
E eu compreendi que não há superioridade, mas saberes diferentes e que a relação entre profissional de saúde e paciente deve ser de troca e não de assistência.

2013 – atualmente

Em 2013 nasceu meu primeiro filho e eu tive que dar um tempo nas formações técnicas e científicas para me dedicar a ele.
Mas quem disse que eu não me formo com este intensivão?
Aprendi e aprendo todos os dias as coisas mais importantes da vida. O nascimento do Ângelo foi o que mais me fez rever os paradigmas nos quais eu me embasava tanto: amamentação prolongada e em livre demanda, tanta mentira que eu acreditava sobre parto normal e cesárea, criação com apego, disciplina, alimentação saudável, pediatria, cuidados em saúde para crianças.
E suas necessidades e minhas descobertas foram trampolins para a busca de vários conhecimentos importantes os quais comecei a buscar, dentre eles o Doutorado em Educação e a Microfisioterapia que vieram logo em seguida.

2016 – Em Curso

Um mundo novo se abriu para mim.
Estudar história da educação, filosofia, educação popular, didática de ensino, tudo isso por um sonho que nutro de um dia ensinar na faculdade de fisioterapia sobre os valores que são tão fortes em minha prática profissional. E então escolhi estudar a Educação do Espírito. Exatamente porque ninguém parece falar nisso.
Quem aprende são nossos corpos ou cérebros? Não acredito nisto.
Vamos ver que descobertas me reservam esta experiência única!

2017 – Em Curso

Este curso foi um divisor de águas. Como a formação se dá em módulos, indo do básico aos mais avançados, vamos ampliando a possibilidade de acessar memórias mais profundas a cada módulo. Com esta ferramenta eu pude, finalmente, acessar o campo bioenergético em minha prática clínica, coisa que eu já fazia. De outro modo, através da Fluidoterapia, racionalidade em saúde que estudei no Mestrado, praticando-a no trabalho voluntário junto a população em situação de rua. Contudo, desejava colocar na prática profissional, como fisioterapeuta, algumas bases do aprendizado que tive em quase vinte anos destas vivências, mas encontrava dificuldades devido à área da saúde priorizar muito mais conhecimentos técnicos centrados na dimensão corporal, apenas. Então agora, com a formação da micro, eu pude, não só ampliar meus conhecimentos sobre os aspectos espirituais envolvidos no adoecimento, como também trazer estes conhecimentos para minha prática profissional.

2018

Reforcei o aprendizado de que mente e corpo não se separam e que as práticas integrativas que unificam essas duas dimensões são altamente efetivas em termos de resultados duradouros e rápidos.
Entendi que o corpo é a principal ferramenta de educação do Espírito.
Através das dores, doenças, sintomas, o Espírito tem a chance de aprender sobre si mesmo e se melhorar. E as práticas integrativas devem fazer o papel de possibilitar o conhecimento de si mesmo, aliviar as dores ressignificando e criando espaço para o amor próprio.

2019 -2020

Aprendi que o corpo e seu funcionamento é gerido por uma hierarquia na qual o emocional é o General. Abaixo das emoções temos o Sistema Nervoso Autonômico que, por sua vez, controla o sistema circulatório que irriga o sistema nervoso. O sistema nervoso controla as vísceras, as articulações e os músculos. Sim! Os músculos, tidos como alvo em boa parte dos tratamentos em fisioterapia, são apenas soldados dentro deste complexo sistema. Desta forma tratar músculos é, em boa parte das vezes, ineficaz, trabalhoso e com resultados muito lentos. A avaliação da prática neurossensorial permite identificar os níveis da hierarquia que estão em disfunção e atuar de forma assertiva sobre cada um deles. A consequência é o ajuste imediato do tônus postural e melhora de sintomas relativos aos desequilíbrios de postura. Hoje, só prescrevo palmilhas após atendimento com a PNS.

2020 – em andamento

Aprendi que avaliar exames vai muito além de checar se os resultados estão dentro dos valores de referência laboratoriais. São marcadores complexos que nos permitem avaliar o que está ocorrendo dentro das células e buscar resultados ótimos e não medíocres. Sim! As referências de laboratório não devem ser parâmetros de saúde, pois são apenas médias populacionais calculadas a partir de amostras de indivíduos que não têm bons hábitos de saúde. Ter o olhar funcional para os exames nos permite predizer tendências de adoecimento e morte e orientar a mudança de estilo de vida o quanto antes, criando saúde, ao invés de remediar doenças.

2021

Aprendi que as nossas crenças determinam nossa biologia e que modificando crenças podemos modificar hábitos nocivos à nossa saúde e transformar sintomas em oportunidades de desenvolvimento. O Psych-k® é uma técnica americana, criada por Rob Wiliam, que usa cinesiologia aplicada para acessar a mente subconsciente e transformar crenças limitantes em crenças de apoio.

2022

Aprendi a teoria que explica os mecanismos da Dor e que, dentro dela, existem mais de um tipo de dor: nociceptiva, neuropática e nociplástica. Saber diagnosticar o tipo de dor do paciente é a única certeza de poder usar a técnica certa e oferecer um tratamento efetivo. A dermoneuromodulação atua sobre a dor nociplástica, em que há uma alteração na percepção dos estímulos nocivos: excitabilidade dos receptores da dor aumentada e/ou inibição parassimpática da dor reduzida, resultando em hiperssensibilização do sistema nervoso autonômico. De modo mais simples, dizemos que tudo dói quando estamos com os “nervos à flor da pele”. É aquele tipo de dor que te leva a buscar ajuda profissional e depois de uma bateria de exames você escuta: ‘você não tem nada’.